Year: 2017
Os Bailinhos e Danças de Carnaval da Ilha Terceira são um conjunto de manifestações de teatro musicado, de natureza cómica ou trágica, exibidas de forma itinerante durante os quatro dias gordos de Carnaval pelas salas e salões das freguesias da ilha Terceira. Anualmente, grupos de pessoas organizam-se para preparar uma atuação, usualmente versificada em redondilha maior rimada, complementada por música instrumental, vocal, a solo ou em coro, de coreografia simples a envolver um assunto. As apresentações seguem uma estrutura formal tradicionalmente constituída por uma marcha instrumental de entrada seguida da saudação ao público, cantada, a que sucede a apresentação do assunto para então se dar início às cenas de representação, cenas que se vão sucedendo intercaladas por música instrumental e vocal e coreografia. Depois da representação segue-se a despedida, também cantada, terminando-se a atuação com a marcha final instrumental. Dependendo da temática, as apresentações podem assumir a forma de Dança de Espada, Dança de Pandeiro, Bailinho ou Comédia. O Conjunto é usualmente liderado pela figura do “puxador”, que se apresenta de espada ou de varinha decorada com fitas, semelhante a uma batuta, ou de pandeiro ou, por vezes, dispensando o uso de artefacto. As coreografias, de reminiscência marcial, são executadas em alas, tradicionalmente coreografadas frente ao público, passando estas a uma posição lateral e perpendicular ao público quando envolvendo a representação do assunto. O trajo masculino, tido como tradicional, é composto por fatos de inspiração militar com calças debruadas lateralmente, camisa folgada de tecidos coloridos e brilhantes e chapéu de abas orlado com arminhos. O traje feminino ostenta a mesma opção cromática dos elementos masculinos, adaptada a uma saia e blusa ou um vestido. Surgem atualmente outros tipos de trajes, evoluindo-se em alguns casos para uma indumentária mais relacionada com os assuntos apresentados em palco. Esta manifestação popular, singular e específica da Ilha Terceira, envolveu em 2018 a participação direta de 1835 pessoas, contando somente os que pisaram o palco, e contabilizou uma duração total de 2762 horas de espetáculo contínuo, normalmente iniciada pelas três da tarde e prolongando-se até à última apresentação que, não havendo hora definida para se terminar, apenas dependeu do acordo entre os conjuntos e os salões, conforme a vontade de continuar de cada Bailinho e Dança, e da constância do público que os aguardava noite dentro.
220g acid-free fine art paper, 25% cotton and 75% α-cellulose, White matte finish, 3mm black PVC frame, 80µ PVC lamination with UV protection and transparent acrylic solvent adhesive
Width: 75 cm
Height: 50 cm
This artwork is currently in Portugal
It will be shipped by Pice Gallery
Year: 2017
Os Bailinhos e Danças de Carnaval da Ilha Terceira são um conjunto de manifestações de teatro musicado, de natureza cómica ou trágica, exibidas de forma itinerante durante os quatro dias gordos de Carnaval pelas salas e salões das freguesias da ilha Terceira. Anualmente, grupos de pessoas organizam-se para preparar uma atuação, usualmente versificada em redondilha maior rimada, complementada por música instrumental, vocal, a solo ou em coro, de coreografia simples a envolver um assunto. As apresentações seguem uma estrutura formal tradicionalmente constituída por uma marcha instrumental de entrada seguida da saudação ao público, cantada, a que sucede a apresentação do assunto para então se dar início às cenas de representação, cenas que se vão sucedendo intercaladas por música instrumental e vocal e coreografia. Depois da representação segue-se a despedida, também cantada, terminando-se a atuação com a marcha final instrumental. Dependendo da temática, as apresentações podem assumir a forma de Dança de Espada, Dança de Pandeiro, Bailinho ou Comédia. O Conjunto é usualmente liderado pela figura do “puxador”, que se apresenta de espada ou de varinha decorada com fitas, semelhante a uma batuta, ou de pandeiro ou, por vezes, dispensando o uso de artefacto. As coreografias, de reminiscência marcial, são executadas em alas, tradicionalmente coreografadas frente ao público, passando estas a uma posição lateral e perpendicular ao público quando envolvendo a representação do assunto. O trajo masculino, tido como tradicional, é composto por fatos de inspiração militar com calças debruadas lateralmente, camisa folgada de tecidos coloridos e brilhantes e chapéu de abas orlado com arminhos. O traje feminino ostenta a mesma opção cromática dos elementos masculinos, adaptada a uma saia e blusa ou um vestido. Surgem atualmente outros tipos de trajes, evoluindo-se em alguns casos para uma indumentária mais relacionada com os assuntos apresentados em palco. Esta manifestação popular, singular e específica da Ilha Terceira, envolveu em 2018 a participação direta de 1835 pessoas, contando somente os que pisaram o palco, e contabilizou uma duração total de 2762 horas de espetáculo contínuo, normalmente iniciada pelas três da tarde e prolongando-se até à última apresentação que, não havendo hora definida para se terminar, apenas dependeu do acordo entre os conjuntos e os salões, conforme a vontade de continuar de cada Bailinho e Dança, e da constância do público que os aguardava noite dentro.
220g acid-free fine art paper, 25% cotton and 75% α-cellulose, White matte finish, 3mm black PVC frame, 80µ PVC lamination with UV protection and transparent acrylic solvent adhesive
Width: 75 cm
Height: 50 cm
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